Vivendo e aprendendo
Você já deve ter ouvido ou lido a expressão: "Tudo que sei é que nada sei." Popularmente atribuída ao filósofo grego Sócrates (470 a.C. - 399 a.C.), ela se originou, na verdade, da interpretação de Platão sobre os ensinamentos de seu mestre. De todo modo, essa frase resume bem a atitude de humildade intelectual de Sócrates e sua constante busca pela verdade, marcada pelo reconhecimento dos limites do próprio conhecimento. Ao meditar sobre a perfeição do Criador e as complexidades da vida, sou levado a concordar com o filósofo quanto ao valor da admissão da própria ignorância como convite à busca contínua pelo saber. Alicerçado nessa consciência, proponho-me a compartilhar aqui, de forma resumida, alguns ensinos adquiridos ao longo dos anos. 1. Fora de Cristo Jesus há apenas morte espiritual, escravidão e condenação eterna (Efésios 2:1-3). Em sua carta aos efésios, o apóstolo Paulo descreve a condição espiritual de todas as pessoas que ainda não se reconheceram como pecadores não perdoados e que não se apropriaram da salvação, possível apenas pela fé no Redentor, o Senhor Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Nessa condição, encontram-se espiritualmente mortos e escravizados pelo mundo, pela carne e pelo diabo. Se alguém permanece nesse estado contínuo de rejeição a Cristo, sofrerá a segunda morte, a separação eterna de Deus (Apocalipse 20:14). 2. Em Cristo há vida, salvação e exaltação (Efésios 2:4-6). Em contraste com as consequências sombrias que pairam sobre os que estão fora de Cristo, aqueles que nele creem recebem vida espiritual, perdão e uma posição gloriosa ao Seu lado na eternidade (João 1:12; 3:16; 14:2-3; Romanos 3:24; 10:9-10; Apocalipse 21:1-7). 3. A Bíblia é a única e infalível regra de fé e prática cristã (2 Timóteo 3:16-17). Por melhores que sejam as intenções humanas, o princípio bíblico jamais pode ser substituído por qualquer outra alternativa na resolução de questões que envolvem um indivíduo cristão ou a comunidade cristã. A Palavra de Deus é autoridade máxima e suficiente para discernir a verdade e orientar a vida cristã (2 Pedro 1:20-21; João 5:39-40; Atos 17:11; Salmos 19:7-8; 119:105). Pensar e agir de outra forma é afastar-se da luz da verdade e flertar com as trevas (2 Coríntios 10:4). 4. Conhecer o potencial pecaminoso da natureza humana previne expectativas exageradas sobre as pessoas (João 2:24-25; Gênesis 6:5; Jeremias 17:9-10). Originalmente, o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, com capacidade para refletir atributos divinos como amor, razão e moralidade. Contudo, a queda corrompeu profundamente essa natureza, tornando-o inclinado ao mal. Até mesmo os regenerados permanecem em luta contra o pecado. Portanto, expectativas irreais sobre pessoas são espiritualmente perigosas. A confiança última pertence somente a Deus (Salmo 118:8-9; 146:3; Romanos 3:10-12; 1 Coríntios 10:12; Gálatas 6:1; Mateus 26:33-35; 26:69-75). 5. O sofrimento é um dos meios pelos quais Deus, em sua providência, molda seus filhos à imagem de Cristo (Tiago 1:2-4; 1 Pedro 1:6-7; 4:12-13). O sofrimento na vida do cristão não é castigo, mas disciplina providenciada pela graça do Pai celestial (Hebreus 12:10-11). Cristo já foi castigado pelos nossos pecados (Isaías 53). O propósito de Deus ao permitir que soframos é tornar-nos semelhantes ao Seu Filho (Romanos 8:28-29). Embora o sofrimento não seja bom em si mesmo, nem possa ser completamente interpretado ou explicado, ele é usado por Deus para o bem. A cruz é o paradigma: Deus usa o pior mal para produzir o maior bem. Quando compreendemos que a disciplina amorosa de Deus não significa punição condenatória, nossa atitude em relação ao sofrimento é transformada. As Escrituras apresentam inúmeros exemplos disso: Moisés, Jó, José, Paulo, entre outros. Viver à luz dessas verdades é aprender continuamente. É reconhecer a própria limitação, confiar plenamente em Cristo, submeter-se à autoridade das Escrituras, cultivar expectativas sóbrias quanto às pessoas e descansar na providência de Deus, mesmo em meio ao sofrimento. Assim, crescemos não apenas em conhecimento, mas em maturidade espiritual, sendo moldados, dia após dia, à imagem daquele que é a própria Verdade: Jesus Cristo. João Crisóstemo 23/12/2025
Você já deve ter ouvido ou lido a expressão: "Tudo que sei é que nada sei." Popularmente atribuída ao filósofo grego Sócrates (470 a.C. - 399 a.C.), ela se originou, na verdade, da interpretação de Platão sobre os ensinamentos de seu mestre. De todo modo, essa frase resume bem a atitude de humildade intelectual de Sócrates e sua constante busca pela verdade, marcada pelo reconhecimento dos limites do próprio conhecimento. Ao meditar sobre a perfeição do Criador e as complexidades da vida, sou levado a concordar com o filósofo quanto ao valor da admissão da própria ignorância como convite à busca contínua pelo saber. Alicerçado nessa consciência, proponho-me a compartilhar aqui, de forma resumida, alguns ensinos adquiridos ao longo dos anos. 1. Fora de Cristo Jesus há apenas morte espiritual, escravidão e condenação eterna (Efésios 2:1-3). Em sua carta aos efésios, o apóstolo Paulo descreve a condição espiritual de todas as pessoas que ainda não se reconheceram como pecadores não perdoados e que não se apropriaram da salvação, possível apenas pela fé no Redentor, o Senhor Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Nessa condição, encontram-se espiritualmente mortos e escravizados pelo mundo, pela carne e pelo diabo. Se alguém permanece nesse estado contínuo de rejeição a Cristo, sofrerá a segunda morte, a separação eterna de Deus (Apocalipse 20:14). 2. Em Cristo há vida, salvação e exaltação (Efésios 2:4-6). Em contraste com as consequências sombrias que pairam sobre os que estão fora de Cristo, aqueles que nele creem recebem vida espiritual, perdão e uma posição gloriosa ao Seu lado na eternidade (João 1:12; 3:16; 14:2-3; Romanos 3:24; 10:9-10; Apocalipse 21:1-7). 3. A Bíblia é a única e infalível regra de fé e prática cristã (2 Timóteo 3:16-17). Por melhores que sejam as intenções humanas, o princípio bíblico jamais pode ser substituído por qualquer outra alternativa na resolução de questões que envolvem um indivíduo cristão ou a comunidade cristã. A Palavra de Deus é autoridade máxima e suficiente para discernir a verdade e orientar a vida cristã (2 Pedro 1:20-21; João 5:39-40; Atos 17:11; Salmos 19:7-8; 119:105). Pensar e agir de outra forma é afastar-se da luz da verdade e flertar com as trevas (2 Coríntios 10:4). 4. Conhecer o potencial pecaminoso da natureza humana previne expectativas exageradas sobre as pessoas (João 2:24-25; Gênesis 6:5; Jeremias 17:9-10). Originalmente, o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, com capacidade para refletir atributos divinos como amor, razão e moralidade. Contudo, a queda corrompeu profundamente essa natureza, tornando-o inclinado ao mal. Até mesmo os regenerados permanecem em luta contra o pecado. Portanto, expectativas irreais sobre pessoas são espiritualmente perigosas. A confiança última pertence somente a Deus (Salmo 118:8-9; 146:3; Romanos 3:10-12; 1 Coríntios 10:12; Gálatas 6:1; Mateus 26:33-35; 26:69-75). 5. O sofrimento é um dos meios pelos quais Deus, em sua providência, molda seus filhos à imagem de Cristo (Tiago 1:2-4; 1 Pedro 1:6-7; 4:12-13). O sofrimento na vida do cristão não é castigo, mas disciplina providenciada pela graça do Pai celestial (Hebreus 12:10-11). Cristo já foi castigado pelos nossos pecados (Isaías 53). O propósito de Deus ao permitir que soframos é tornar-nos semelhantes ao Seu Filho (Romanos 8:28-29). Embora o sofrimento não seja bom em si mesmo, nem possa ser completamente interpretado ou explicado, ele é usado por Deus para o bem. A cruz é o paradigma: Deus usa o pior mal para produzir o maior bem. Quando compreendemos que a disciplina amorosa de Deus não significa punição condenatória, nossa atitude em relação ao sofrimento é transformada. As Escrituras apresentam inúmeros exemplos disso: Moisés, Jó, José, Paulo, entre outros. Viver à luz dessas verdades é aprender continuamente. É reconhecer a própria limitação, confiar plenamente em Cristo, submeter-se à autoridade das Escrituras, cultivar expectativas sóbrias quanto às pessoas e descansar na providência de Deus, mesmo em meio ao sofrimento. Assim, crescemos não apenas em conhecimento, mas em maturidade espiritual, sendo moldados, dia após dia, à imagem daquele que é a própria Verdade: Jesus Cristo. João Crisóstemo 23/12/2025
